MUDANÇA DE HÁBITO:
INTIMIDADE E EXPOSIÇÃO NAS REDES SOCIAIS
Equipe CRIAR+
A impotência causada pela cultura digital em relação ao comportamento nas redes sociais foi destaque da palestra de Marcia Tiburi, doutora em Filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, na abertura da 24º Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que terminou 4/9, no Anhembi. Para ela, “o ápice do desenvolvimento tecnológico também deve ser visto como o ápice do desenvolvimento do poder e da dominação pelo capitalismo”.
Também participou do evento Daniel Lins, pós-doutor em Filosofia pela Universidade de Paris, que enfatizou a importância do jornalismo para democracia no século XXI. “A internet permitiu que finalmente vivêssemos uma democracia plena, transparecendo o jogo político e dando mais poder às minorias”. Outro ponto retratado foi o prazer efêmero que as redes provocam ao estimular o usuário, dando a sensação de liberdade no espaço cibernético.
Com base em filósofos como Adorno e Horkheimer, da Escola de Frankfurt, Marcia Tiburi chamou a atenção do público, a maioria jovem, sobre a necessidade de usar os meios como meios. Parece óbvio, mas quantas vezes os meios de comunicação não são um fim em si mesmos? Como os autores alemães afirmaram, um fim como dominação. A questão permaneceu aberta. Mas, ficou a reflexão para servir-se dos meios e não o contrário.
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